Reter talentos tem sido uma das principais dificuldades do mundo corporativo nos últimos anos. Uma tendência? É a geração fluída? Difícil competir num mercado tão aberto? O home office só dificultou tudo? A falta de pessoas qualificadas e com competências alinhadas às necessidades da empresa já era uma tarefa complexa bem antes de tudo isso começar, não é verdade? Mas o que a sua empresa tem feito para não perder os melhores colaboradores, atrair e reter os bons talentos?

Faz tempo que remuneração não é a bola da vez. Para manter talentos, é preciso compreender o que os motiva a trabalhar.

Faz tempo que remuneração não é a bola da vez. Para manter talentos, é preciso compreender o que os motiva a trabalhar. Quando entendemos isso, provavelmente vamos perceber que, além do salário e benefícios, a possibilidade de evolução profissional, a capacitação constante e a vivência em um ambiente estimulante são fatores considerados essenciais para que se sintam motivados a seguir em uma empresa. E sabe como se alcança um ambiente assim? Com a cultura do feedback. O feedback quando utilizado de forma correta contribui não só para reter talentos, como para aperfeiçoar a mão de obra existente, além de aumentar a motivação da equipe e do profissional.

Feedback é uma palavra originária do inglês, bastante utilizada no Brasil, e que significa retorno, retroalimentação. Por isso aparece como nomenclatura de uma ferramenta muito importante na retenção e até mesmo desenvolvimento de pessoas. Item essencial no management 3.0. Em algumas empresas é utilizado de forma consistente, em outras quase nunca se usa ou até mesmo se faz de forma incorreta trazendo mal-entendidos e mal-estar. Diferente da geração anterior que se mantinha no emprego por anos, principalmente pelo salário e lealdade à organização, os indivíduos a partir da geração Y estão sempre em busca de evolução profissional, para eles a qualidade de vida se torna mais importante que salários e benefícios.

Quando não consegue entender sua importância dentro da organização, o colaborador pode se sentir desvalorizado e entrar no que chamamos de "zona de conforto". Não existe mais motivação para o seu desenvolvimento individual ou desafios a superar. Utilizar essa troca de estímulo, através do feedback, entre os colaboradores de todos os níveis da organização pode ser essencial para criar um ambiente propício ao melhor desempenho.

Ações de estímulo e engajamento devem ser usados para isso. Colaboradores reconhecem a evolução do outro, propagam para a empresa e, muitas vezes, se premiam devido a um desempenho superior ao esperado. Atitude comum dentro de departamentos ou unidades, realizada muitas vezes sem conhecimento ou patrocínio da alta gestão. Porém, para chegar em níveis altos de engajamento, as empresas precisam usar cada vez mais os incentivos não monetários, como um plano estruturado de carreira, treinamentos e programas que reconheçam os colaboradores em tempo real.

Com este objetivo, surge a gamificação, onde por meio das técnicas utilizadas em jogos, promove-se o feedback positivo entre colaboradores independentemente do nível hierárquico, ampliando assim o contexto, agora não mais dentro de projetos ou unidades, utilizando um sistema de recompensas.

Hoje, preza-se muito pela qualidade de vida. Em uma época em que a saúde emocional é o fator mais importante para o bem-estar, estimular ações que causem essa harmonia no dia a dia torna o ambiente mais produtivo e criativo. Com isso ganha a empresa, beneficiando-se no clima organizacional, mas também o profissional com o crescimento pessoal que se proporciona. Assim, ao sentirem que seu trabalho e evolução são valorizadas, a tendência é que não se rendam a outras oportunidades de trabalho.

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